Conferência “Medical Cannabis Europe”, que decorre esta quinta e sexta-feira em Lisboa, vai discutir o cultivo e fabrico de canábis para fins medicinais num negócio que quer chegar aos 3 mil milhões de euros de volume de negócios até 2025.
O mercado mundial da canábis medicina reúne-se esta quinta e sexta-feira em Lisboa para discutir o cultivo e fabrico de canábis para tratamentos medicinais.
“A conferência pretende criar uma reflexão sobre a canábis medicinal e suas boas práticas, e escrutinar a entrada de produtos de canábis medicinal no mercado com qualidade, segurança e eficácia”, explica a organização do evento em comunicado.
Segundo dados da Prohibition Partners, as vendas de canábis medicinal no mercado europeu deverão ascender a 3.1661 milhões de euros em 2026. Este ano, os números da consultora especializada no negócio da canábis medicinal aponta para receitas de 1.386 milhões de euros na UE.
Segundo a organização, “o mercado medicinal da planta de canábis, com um quadro regulador bastante dinâmico, é já considerado o terceiro maior à escala global, com a Alemanha na liderança ao nível de importação na União Europeia, seguida da Itália”.
Portugal tem assumido um papel relevante na exportação de canábis, já que algumas das empresas mais relevantes do setor têm unidades de produção instaladas no país, como é o caso da Tilray ou da columbiana Clever Leaves.
Segundo Aldo Vidinha e Fátima Carvalho, representantes das estruturas organizadoras da conferência, é num “quadro económico de grande competitividade que Portugal também pretende afirmar-se”. O evento contará com “centena e meia de intervenientes na área da canábis medicinal, incluindo investidores, fabricantes e fornecedores, importadores e exportadores, bem como distribuidores, profissionais da indústria e inspetores”.
Para a organização, “a indústria depara-se com desafios que vão desde a regulamentação aplicável ao cultivo, ao fabrico, à segurança, gestão de resíduos ou à distribuição”.
O Infarmed já recebeu mais de 100 pedidos de licenciamento para as atividades de cultivo, fabrico, importação e exportação de canábis para fins medicinais, tendo já licenciado 20 empresas.
Foi há quatro anos que o parlamento aprovou a lei que estabeleceu o quadro legal para a utilização de medicamentos, preparações e substâncias à base da planta da canábis para fins medicinais, nomeadamente a sua prescrição e a sua dispensa em farmácia.
As exportações portuguesas de flor seca de canábis cresceram 566% no ano passado para 30 toneladas, de acordo com números publicados recentemente pelo JN. Israel e Canadá figuram como os principais destinos.
Fonte: https://www.jornaldenegocios.pt/